Com dias repletos de sol tudo se torna mais facil.
as dores que a vida me pregou vão desaparecendo, e aos poucos vou percebendo que tudo acontece por alguma razão e a vida sabe bem o que faz, sempre soube.
Quando o amor acaba, a tragédia é minimizada, porque todos sabemos que mais cedo ou mais tarde o amor pode perfeitamente acabar, a amizade não...quando uma amizade acaba a surpresa é chocante e pode mesmo abalar, porque no nosso intimo temos como presente, pelo menos eu sempre tive que os amigos com todos os seus defeitos e virtudes são eternos.
Sem perceber muito bem se a culpa passa por mim ou mão, a verdade é que já encarei alguns desgostos destes , não muitos e ainda bem, mas os poucos que vivi deixaram marcas. E se sempre digo que na próxima vou estar preparada, a verdade é que nunca estou.
Não procuro culpas, se aconteceu a culpa vem de certeza dos dois lados, mas tenho em consciência que da minha parte haveria alternativa. Estou sempre aberta a uma boa conversa, daquelas que nunca vêm.
Este é outro ponto caricato, no fim dos amores, a conversa surge e mesmo que não se ouça o que se quer, os sentimentos são expelidos para fora, nas amizades não, fica o tabu...
É o 2º ano que visito o Montijo na altura da Festa Popular de São Pedro.
E adoro, pelo ambiente em si, pela animação, pela organização e sobretudo pelos amigos que tenho por lá.
Celebra-se a história, a memória e a tradição e é de louvar o envolvimento de tantos homens e mulheres da terra que fazem destes dias, dias únicos.
Este ano houve uma grande novidade para mim, para quem queria voltar cedo a casa, porque estava totalmente vencida pelo cansaço, assim de um momento para o outro, assumi o compromisso de me aguentar acordada até tarde para poder desfrutar da largada de touros....e aguentei.
Embora não seja um espetáculo que me agrade, acabei por admirar o empenho e a loucura que se vive de madrugada com toda a gente na rua....
A Gala solidaria 55 anos da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) foi ontem, e eu, claro, estive lá.
Um espectáculo que juntou no mesmo palco o pianista Adriano Jordão, a percussionista Elizabeth Davis, e a participação especial do bailarino e coreógrafo Cifrão.
Tivemos ainda a atuação dos jovens do Grupo Pé de Dança, da APPACDM de Lisboa.
Esta Instituição Particular de Solidariedade Social e de Utilidade Pública, a maior e mais antiga do País tem sido um apoio fantástico na nossa vida e na vida da minha irmã querida e especial.
Esta Gala Solidária representou um momento único e mágico de inclusão social. Juntando em palco artistas consagrados e jovens bailarinos que são utentes da Instituição.
Ao chegar ao aeroporto para iniciarmos o nosso regresso a casa, fomos atropelados com as noticias do que se estava a passar no nosso pais. Ficamos aterrorizados. Sem saber o que dizer.
Nestas alturas somos todos atolados com a frustração, a frustração da incapacidade de não se ter evitado esta tragédia.
Resta lamentar....lamentar profundamente.
Cada palavra que se ouve faz doer, as imagens vão ficar cá dentro uma eternidade.
Sou Ambiciosa, e por isso sempre estabeleci metas para o meu futuro, claro que em pequena um dia queria ser medica e no outro cantora, e isso hoje também me acontece, um dia acordo com umas aspirações e no outro mudo de ideias, a diferença é que quando era pequena não doía e agora ás vezes doí.
Sonho muito alto e não penso no que sou capaz de fazer, mas sim no que serei capaz no futuro, os nossos objetivos deve ser assim maleáveis, se corre mal? ás vezes corre mas muitas , muitas vezes corre bem e eu nunca deixo de acreditar em mim.
No fim chego sempre á conclusão que foi a minha perseverança que contou para realização dos meus sonhos.
Não sei como será a minha vida daqui a 10, 15 anos, mas sei bem o que eu não quero, isso é fundamental para nunca perder o rumo.